Com agências Reuters e France-Presse
O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, acusou nesta quinta-feira os Estados Unidos de terem interferido e até provocado o conflito na Ossétia do Sul, região separatista da Geórgia. O motivo, segundo Putin, seria dar uma vantagem competitiva a um dos candidatos à presidência norte-americana – embora ele não tenha citado quem.
Em entrevista à rede de TV CNN, ele declarou: "Não se trata apenas do fato de os norte-americanos não terem impedido a liderança georgiana de realizar esse ato criminoso. O lado norte-americano, em verdade, armou e treinou o Exército georgiano”. Durante a entrevista, que teve partes transmitidas pela rede estatal russa, o premiê afirmou que havia cidadãos norte-americanos na região no período de hostilidade, e que eles deveriam admitir que seguiam ordens.
A crise teve início no começo do mês de agosto, quando a Geórgia tentou retomar, à força, o controle sobre a província separatista da Ossétia do Sul. A Rússia respondeu com uma devastadora contra-ofensiva.
Washington – A Casa Branca criticou a declaração de Putin. "Dar a entender que os Estados Unidos orquestraram isso por conta de um candidato político não parece racional", declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Ela confirmou que o governo norte-americano está discutindo a possibilidade de anular o acordo de cooperação nuclear civil com a Rússia, em resposta às ações de Moscou na Geórgia.
Logo após a ofensiva georgiana na Ossétia do Sul, as forças russas começaram a agir. Elas expulsaram o Exército da Geórgia da província separatista e ainda ocupam algumas partes do território georgiano. Na terça-feira, o governo da Rússia anunciou o reconhecimento da independência da Ossétia do Sul e da Abkházia, uma outra região georgiana separatista – o que piorou ainda mais a relação com os Estados Unidos.
by: Jéssica
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